Recuso-me a aceitar passivamente a tendência generalizada para a degradação da qualidade dos agentes políticos que o concelho de Idanha-a-Nova tem sentido nestes últimos anos. Desde a saída de Joaquim Morão, autarca que colocou o concelho no mapa, mercê da sua visão estratégica e tacto político, Idanha-a-Nova baixou a um nível de mediocridade ímpar.
As apostas no ensino, na cultura, no turismo, nas parcerias estratégicas e na cooperação transfronteiriça, valeram a Morão o título de autarca modelo, abrindo-lhe, por mérito, as portas da Capital de Distrito. Em Castelo Branco realizou uma obra arrojada, necessariamente polémica, virada para o futuro, preparando-se agora para assumir um papel de protagonista no processo de regionalização que se avizinha. Goste-se ou não daquela raposa velha, para usar uma expressão simpática da gíria política, Castelo Branco é hoje uma cidade nova, preparada para novos desafios e só a ele se deve essa mudança
Ao contrário, Idanha-a-Nova perdeu o brilho de outrora. Apagou-se e arrasta-se num processo assustador de decrepitude. Idanha-a-Nova está envergonhada. Perdeu o brilho, assim como perdeu gente, empresas, emprego, protagonismo mediático, credibilidade. E isso deve-se aos agentes políticos que a desgovernam.