segunda-feira, 29 de junho de 2009

As Juntas de Freguesia não podem ser o parente pobre da democracia

As eleições autárquicas que se avizinham merecem um debate alargado junto da população do Ladoeiro, porque delas depende o futuro da nossa terra, e está nas nossas próprias mãos escolher o futuro que queremos para todos. Brevemente, seremos chamados para usar a maior das prerrogativas concedidas aos cidadãos nos regimes democráticos, num acto solene que traduz a soberania do Povo. De facto, o voto é o instrumento precioso da democracia, e porque assim é, deve ser exercido com a maior das convicções e traduzir as verdadeiras aspirações de cada um, cabendo-nos a nós, candidatos, prestar os esclarecimentos necessários para ajudar a formação das vontades individuais.
Se é verdade que o voto é o instrumento precioso da nossa democracia, as juntas de freguesia, constituindo a base da construção administrativa, são o órgão de proximidade por excelência da administração com os administrados. São aqueles onde há muito se deveria ter investido, em recursos humanos, em dotação financeira, em equipamentos e infraestruturas. Em Portugal, tem-se verificado o contrário. Na verdade, as juntas de freguesia, células fundamentais da democracia, são o parente pobre da nossa divisão administrativa. Com que resultados? Com o desaparecimento do nosso mais precioso bem: as pessoas. Os nossos jovens, os nossos filhos, os nossos netos, porque se vão eles embora da terra que os viu nascer e crescer? Porque deixam eles para trás pais, amigos e família? Porque vão eles para as cidades e para o estrangeiro, quantas vezes guardando no coração o seu torrão natal, na esperança de um dia regressar? A vida aqui não é fácil. Há poucas oportunidades de emprego e de construir uma carreira profissional compatível com o cada vez mais elevado grau de instrução escolar dos nossos jovens, cuja ambição natural os impele a partir, na perspectiva de conseguirem melhores condições.
Não tenho uma varinha de condão e sei que não é fácil trabalhar nestas circunstâncias. Mas sei que não quero ser um presidente merceeiro, que faça a mera gestão corrente do dia-a-dia de uma pequena aldeia. Sei que não quero ser um presidente lacaio ou empregado do presidente da câmara, que se limite a cumprir a suas ordens, sem sequer as questionar. A Junta de Freguesia é um órgão independente, autónomo e com poderes específicos. Por isso, quero ser interventivo, e reivindicar para a nossa terra, com justiça e ponderação, tudo aquilo de que ela carece, nem que tenha de bater a mil e uma portas, de gabinetes municipais ou ministeriais. Estarei na junta a cem por cento e só me motivará o servir a causa pública, o bem-estar da população e a defesa dos seus interesses próprios. Nada mais! Julgo que saberei estar à altura do desafio que tenho pela frente e que serei merecedor da vossa confiança para o enfrentar.

quinta-feira, 25 de junho de 2009

Quando Rocha cair Soares desaparecerá para sempre

Leitores insistem para que comente uma hipotética candidatura de Idalina Costa às autárquicas de 2013. Não o farei. Em primeiro lugar, não comento cenários. Comento dados concretos, como a falta de capacidade política de Álvaro Rocha. Em segundo lugar, julgo que Idalina Costa dificilmente será eleita vereadora já em 2009, considerando a forte possibilidade de Álvaro Rocha ser severamente penalizado pela população, face ao seu mau desempenho político. Em terceiro lugar, 2013 vêm ainda muito longe e, às vezes, em política, o que é hoje verdade amanhã poderá não ser. Por fim, julgo que é ambição natural de alguém que, como Idalina, mal ou bem, tem trilhado o seu caminho. Por isso, não me admiro que depois da derrota de Álvaro Rocha Idalina Costa apareça com uma nova estratégia política, ao contrário de Joaquim Soares, que quando o chefe caír desaparecerá para sempre do cenário polítco de Idanha-a-Nova, para sorte de todos.

Património Imaterial de Idanha

Alguns jornais noticiaram uma hipotética candidatura do património imaterial de Idanha-a-Nova. Pensei que se tratasse de um concurso para as promessas não cumpridas de Álvaro Rocha, tipo Mercado Abastecedor do Ladoeiro. Mas não, afinal é o património não edificado do concelho que pode merecer uma candidatura junto da UNESCO.

Rocha precisa de Morão como o Homem de pão para a boca

Joaquim Morão foi a Idanha-a-Nova apresentar um livro sobre o concelho de Castelo Branco, facto que tem causado alguma polémica junto da comunidade científica local. Nada de estranho; recorde-se que politicamente Àlvaro Rocha precisa de Joaquim Morão como o Homem de pão para a boca para sobreviver, e as eleições estão aí.

segunda-feira, 22 de junho de 2009

Não percamos tempo com insultos

Custa-me aceitar que algumas pessoas se sirvam de um espaço privilegiado de discussão política como ladoeiroindependente para desferir ataques pessoais. Quando se podiam esgrimir argumentos na defesa desta ou daquela posição, desta ou daquela medida política, deste ou daquele desempenho, tecem-se os mais torpes e ignominiosos comentários, que revelam não só falta de inteligência, como má formação humana e democrática.
Este espaço não foi criado com esse fim e repudio de forma veemente comportamentos dessa natureza. Lá que me insultem a mim, pouco se me dá, agora insultarem pessoas alheias à discussão política que aqui se visa promover, isso é inaceitável.
Peço aos leitores que não escrevam comentários ofensivos, nem de agentes políticos, nem de candidatos e muito menos de seus familiares, pois perderão todo o vosso tempo, uma vez que simplesmente os eliminarei.
O nosso concelho vive uma situação dramática: não existem objectivos políticos definidos, a gestão pública faz-se de medidas avulsas e eleitoralistas, o desemprego e a pobreza aumentam, a criminalidade prolifera, o despovoamento atinge números assustadores, empresas e estabelecimentos fecham as suas portas, as escolas perdem os alunos. Com um cenário destes temos muito que discutir para encontrar soluções e alternativas políticas. Não percamos tempo com ataques pessoais.

A análise dos desempenhos políticos não se confunde com ataques pessoais

Algumas pessoas parecem não compreender o objectivo deste espaço de discussão. No princípio, revoltaram-se porque eu manifestava as minhas opiniões de forma contundente, analisando e dissecando determinados assuntos e situações políticas; como se a liberdade de expressão não existisse ou houvesse assuntos sobre os quais não se pudesse falar. Choveram disparates, e os adjectivos caíram em chorrilho sobre mim. Lido bem com isso, porque sei que quando alguém aceita tornar-se uma figura pública, aceita igualmente a exposição que dela decorre, para o bem e para o mal.
Já o disse, por diversas vezes, de forma simples e clara. Agora repito-o: nada tenho de pessoal contra os agentes políticos visados nos meus textos e quando os foco faço-o na sua qualidade de figura pública, em função do seu desempenho político e nunca, jamais, em função da sua vida pessoal ou privada. Não compreender isto, é não compreender o básico da democracia.
Por isso não concordo quando dizem que eu ataco A ou B. Não o faço; simplesmento, e repito, analiso o desempenho político de A ou B. Dou um exemplo: quando digo que Álvaro Rocha mentiu aos Ladoeirenses na questão do Meracado Abastecedor, não lhe estou a chamar mentiroso em termos pessoais. Agora, uma coisa é certa, Álvaro Rocha comprometeu-se a fazer um mercado abastecedor. Não o fez. Querem que diga o que? Que foi sério para com o povo que o elegeu? Que cumpriu as suas promessas? Que é digno de um outro mandato? Não, isso não farei, porque de facto, em termos políticos, Álvaro Rocha mentiu ao povo do Ladoeiro. Isso faz dele um mentiroso? Pode não fazer! Esta é a diferença que muita gente parece não compreender, mas a culpa não é minha.

A queda de Joaquim Soares

O afastamento de Joaquim Soares na lista de Álvaro Rocha foi sintomático do seu fraco peso político junto das estruturas do PS. De resto, Soares nunca teve existência autónoma junto do aparelho e gravitava em torno de Rocha como uma espécie de parasita político, precisando da sua protecção e da sua sombra para sobreviver. O seu desempenho tem sido muito questionado, resultado da sua pouca habilidade e falta de tacto, sobretudo na gestão dos recursos humanos. O seu empenhamento pessoal na escolha do nome de Joana Rossa e a reprovação que o aparelho votou ao mesmo é a sua segunda grande derrota, mesmo ainda antes das eleições, deixando a nú toda a sua fragilidade e insignificância. A sua pressa em colocar a esposa nos quadros da autarquia é bem reveladora da sua maneira de estar na política e deixa transparecer o seu próprio receio em não conseguir ser eleito vereador, considerando o descontentamento generalizado do eleitorado face à gestão de Álvaro Rocha, que em larga medida a ele se fica a dever.

Rocha e Soares derrotados pelos Costas

A fazer fé no que tem vindo a público através da internet, sem que tenha havido qualquer espécie de desmentido, o PS encontrou finalmente um candidato para a Junta de Freguesia de Ladoeiro. Como já se previa, foi descartado Luís Guerra, apesar de este ter alimentado até à ultima a esperança da renovação de confiança de Álvaro Rocha. Pura ilusão. Seguiu-se o nome de Joana Rossa, muito ventilado nas estruturas e junto do eleitorado, resultando de um empenhamento pessoal de Álvaro Rocha e de Joaquim Soares. Consta que se esgrimiu um braço de Ferro entre a família Costa, por um lado, e Rocha/Soares por outro, no sentido de se recuar com o nome da arquitecta, o que veio a suceder, vencendo o nome de Gonçalo Costa como candidato do PS para a Junta de Freguesia. Conheço pessoalmente o Gonçalo, não duvido da sua capacidade nem da sua tenacidade e desde já aproveito a ocasião para o felicitar publicamente, fazendo votos para que possa desenvolver uma campanha séria e digna.
Temo, no entanto, que caso Gonçalo Costa viesse a ser eleito ficasse refém de uma situação de conflito entre as duas facções visadas, o que em nada beneficiaria a Freguesia de Ladoeiro.

sábado, 20 de junho de 2009

Jaime Silva atrás de biombo

O líder regional dos Açores, Carlos César, foi à Comissão Política do PS aconselhar Sócrates a esconder atrás de biombos alguns ministros. Jaime Silva, Ministro da Agricultura, foi um dos visados.
Nestas condições, Jaime Silva não deve avançar com o seu projecto para a Várzea. Trata-se de uma decisão demasiado importante para os agricultores de Idanha-a-Nova, para ser tomada de ânimo leve por um ministro incómodo e em fim de linha. E nunca um projecto para a Várzea se poderia transformar em moeda de troca para pagar favores políticos! Azar de Álvaro Rocha, sorte de centenas de agricultores.

sexta-feira, 19 de junho de 2009

As políticas agrícolas de Álvaro Rocha deram em nada

O Ministro da Agricultura quer fazer na secretaria o que não conseguiu através do diálogo com os agricultores. Com efeito, as metas a atingir no quadro da produção nacional de azeite levam Jaime Silva a querer impor, de cima para baixo, a plantação de olival nos terrenos da Várzea. É preciso dizer com frontalidade que tal proposta é absolutamente errada. Por um lado, existe uma alternativa que dá possibilidade aos pequenos agricultores do concelho de produzirem em larga escala para a agro-indústria, alternativa essa susceptível de atraír pessoas de outras zonas do país, à semelhança do que aconteceu com os seareiros, vindos do Ribatejo, que aqui se instalaram com a produção do tomate. Teríamos, assim, uma espécie de nova colonização, não despicienda quando esta zona se trata de uma das mais desertificadas do País.
Por outro, ninguém ignora a localização daqueles terrenos, a não ser, aparentemente, o Ministro, pois de contrário saberia que em certas alturas do ano os mesmos são engolidos pelas águas do Ponsul, que galgam as margens e se expraiam pela Várzea, deixando submersa uma larga faixa de terra durante dias, ou mesmo semanas. Ainda que a oliveira conseguisse resistir ao stresse hídrico, motivado pelas cheias, de que forma se faria a colheita do fruto, sabendo-se, como se sabe, que o período de cheias concide com o da colheita do olival?
Julgo que a ideia do Ministro teria outra exequibilidade se fosse implementada nos terrenos do Ribeiro do Freixo. Quanto à Várzea, aí não restam dúvidas, o nosso projecto abrirá uma série de oportunidades, sem paralelo nas políticas de fomento agrário implementadas no concelho ao longo da última década. Aliás, as políticas de fomento agrário da autarquia nunca passaram do papel, numa campanha bem orquestrada de mera propaganda eleitoralista. Se não, vejamos: dióspiro: deu em nada, bioetanol: deu em nada; cana-de-açucar: deu em nada; Mercado Abastecedor: deu em nada; borrego: deu em nada; badana: deu em nada; melancia: deu em nada (que me desculpem os exímios escultores de melancia, mas palhaçada não conta e o festival da melancia não conseguiu passar disso). Parafraseando alguém, deu em nada tudo quanto Álvaro Rocha tocou no plano agrícola. Isto não são ilusões, não são mentiras. É a mais pura das verdades.

quinta-feira, 18 de junho de 2009

Ainda haverá escrúpulos no PS?

O Primeiro Ministro invocou o escrúpulo democrátatico para adiar o projecto do TGV. O Ministro da Agricultura poderia usar a mesma receita para adiar o seu projecto da Várzea. Ou será que José Sócrates já gastou todos os escrúpulos que ainda restavam ao PS?

domingo, 14 de junho de 2009

A nossa Ideia para a Várzea beneficia os pequenos lavradores

Se é verdade que o ministro da agricultura aproveitou a nossa ideia original para entregar aos lavradores a Herdade do Couto da Várzea, alguns aspectos diferenciam substancialmente um e outro projecto. Enquanto nós pretendemos dar oportunidade a largas dezenas de pequenos lavradores do concelho de se instalarem em alguns dos solos mais férteis do perímetro de rega da Barragem Marechal Carmona, para aí produzirem culturas como o pimento, a melancia, a beringela, o tomate, o bróculo, entre outras hortícolas e frutícolas, o Ministro quer promover o latifúndio e entregar a uma escassa meia dúzia aquilo que poderia beneficiar centenas de pessoas.
Desconheço a posição de Álvaro Rocha. Não sei se está do lado dos pequenos agricultores, se do lado dos latifundiários, ou se prefere o silêncio, à semelhança da posição que tomou aquando do enceramento da Saipol, sendo então vereador da Câmara Municipal. Da nossa parte, não baixaremos os braços, na defesa dos interesses dos pequenos agricultores e tudo faremos para levar esta nossa ideia para a frente.

sábado, 6 de junho de 2009

Ministro defende o nosso projecto para o Couto da Várzea

Aquando da apresentação da nossa candidatura à Junta de Freguesia de Ladoeiro, apresentámos igualmente uma série de obras e medidas que tencionamos implementar. No plano do fomento agrícola, área que para nós será prioritária, lançámos um projecto para a Herdade do Couto da Várzea. Agora, o Ministro da Agricultura, Jaime Silva, na sua recente deslocação à Bienal do Azeite, em Castelo Branco, vem dar razão à nossa perspectiva e defender plano semelhante.

Domingo, 22 de Fevereiro de 2009
Temos um projecto viável para a Herdade do Couto da Várzea

" No plano do fomento agrícola esta será a nossa prioridade. Tudo faremos para viabilizar este plano e dar a possibilidade aos nossos jovens e aos agricultores em geral de participar num projecto de sucesso, que será uma alavanca da economia local, só comparável à construção da Barragem Marechal Carmona.De resto, em nosso entender, só com a implementação deste projecto estará verdadeiramente concluída, em toda a sua extensão, a obra de Hidráulica Agrícola da mesma.
Recorde-se que o projecto de Colonização dos terrenos da Várzea do Ponsul remonta ao Governo que projectou a barragem e só as pressões dos grandes latifundiários de então junto do mesmo terão inviabilizado a obra.
Embora aquilo que defendemos para a Herdade do Couto da Várzea não seja propriamente um projecto de colonização, existem algumas semelhanças, pois também nós preconizamos a distribuição de parcelas com viabilidade agrícola e económica pelos interessados, prevendo-se a participação de largas dezenas de agricultores e a criação de algumas centenas de postos de trabalho directo. "

segunda-feira, 1 de junho de 2009

Morão arruma a casa

As transformações políticas e económicas da sociedade moderna parecem ter feito atenuar as substanciais diferenças que historicamente fundaram e deram razão de ser aos partidos políticos. Em Portugal, esse fenómeno é tanto mais evidente quando se atenta no moderno rotativismo bipartidário que alternadamente coloca o Partido Socialista e o Partido Social Democrata no poder, sem que os cidadãos percebam, na vida quotidiana, diferenças verdadeiramente assinaláveis. E se é assim no plano nacional, no plano local essas dissemelhanças parecem absolutamente imperceptíveis. Talvez por isso cause pouca estranheza ver os principais actores políticos locais darem a cara, em diferentes eleições, por diferentes partidos. Este fenómeno é já um dado adquirido pelo eleitorado, para quem, não sem alguma razão, as pessoas contam mais que os partidos. Exemplo flagrante desta maneira de fazer e de estar na política encontra-se nas diferentes listas já apresentadas pelo PS a vários órgãos autárquicos, mormente à Câmara Municipal, cuja equipa, a custo, Álvaro Rocha lá conseguiu constituir, graças ao braço tutelar do presidente da Distrital Socialista, que finalmente pôs a casa em ordem.