Algumas pessoas, querendo contribuir com ideias para a minha candidatura, têm apontado a dinamização da Saipol como uma proposta viável. Mas afinal o que é a SAIPOL? Se a memória não me falha, SAIPOL é a sigla de Sociedade Agroindustrial do Ponsul, mas o nome permaneceu depois do encerramento da unidade fabril, para designar as naves industriais onde a mesma tinha a principal actividade. A Saipoil é hoje, desta forma, o nome de um sítio onde existem uns barracões e o equipamento obsoleto utilizado para a laboração da polpa de tomate. Portanto, o que falta não é dinamizar um sítio, mas um sector de actividade, designadamente o sector agrícola e empresarial.
A autarquia adquiriu este espaço, prometendo a implantação de um mercado abastecedor. Mentiu. Não o fez. Agora tem em projecto a construção de um centro logístico agro-industrial, um nome muito mais requintado, para dizer precisamente a mesma coisa. Esqueceu-se foi de falar com os agricultores e com os empresários agrícolas.
A nossa proposta é diversa, pois não queremos construir a casa pelo telhado. Queremos dialogar com os agricultores; auscultar as suas sensibilidades, ouvir as suas opiniões, desenvolver as suas propostas, viabilizar as parcerias apresentadas. Primeiramente, há que elaborar estudos de viabilidade, sondar o mercado, ver as suas necessidades, compreender as suas rápidas e constantes mutações e exigências.
Só depois de efectuada esta primeira parte do trabalho se poderá avançar para a segunda fase. Só nessa altura se poderá pensar em rentabilizar as estruturas da antiga unidade agro-industrial do Ladoeiro. Até lá, aquele sítio não é mais do que um empate de capital monstruoso, em instalações caducas e obsoletas, que dificilmente se conseguirão adaptar às actuais normas impostas pelas entidades inspectivas, no âmbito das condições laborais, da segurança e da higiene alimentar e da saúde. Exemplo disso foi a necessidade da substituição integral da cobertura das edificções da dita Saipol, por não estarem de acordo com as imposições legais.