Nas antigas batalhas, as tropas orientavam-se pelo sinal dos pendões, que identificavam o campo das hostes a que pertenciam, quando muitos dos contendores lutavam mais pelo soldo do que por lealdade ao senhor. Cada chefe militar ostentava determinadas insígnias, que depois acabariam por evoluir para o actual brasão de armas.
Vejo nos emblemas partidários alguma desta filosofia, tanto que muitos eleitores e militantes da generalidade dos partidos políticos, desconhecendo a essência das teses ideológicas, políticas e económicas dos mesmos, se orientam cegamente pelas bandeiras que os seus chefes oportunamente desfraldam.
Por diversas vezes ouvi, em conversas de café, a frase "sou do benfica (ou do Porto, se quiserem, ou outro ainda, vai dar tudo ao mesmo) e do partido tal até à morte", o que realmente é sintomático da expressão acrítica com que alguns simpatizantes de partidos defendem os chefes, independentemente das suas orientações ideológicas ou das práticas políticas.
Já neste blogue tive essa confirmação, quando determinado comentador, dizendo-se do PS, defendia práticas económicas neo-liberais bem típicas dos partidos de direita. Bem, de resto, a generalidade dos comentários, elucida, tout-cour, a forma cega com que os participantes defendem Álvaro Rocha, como se este espaço de debate se tratasse de um círculo de ataque pessoal ao autarca. Nada mais errado, já o disse. Simplesmente, é minha obrigação, enquanto candidato a autarca, dizer o que está mal, e apresentar propostas para superar essa situação. E é o que tenho feito.
Daqui resulta que quem se tem servido deste espaço para fomentar ataques pessoais tem sido a hoste de Álvaro Rocha, ignoro se a seu mando, deixando claro o seu calibre e a sua ignorância, pois, ao invés do que seria de esperar, que rebatessem as minhas propostas com argumentos válidos, limitam-se a desferir golpes a esmo, na ideia de que algum acabará por me acertar. Desenganem-se, soldados. Estou preparado para a luta, porque a minha batalha é a das ideias, e neste campo a vossa desvantagem é por demais evidente.