segunda-feira, 30 de março de 2009

O concelho de Idanha perdeu o brilho de outrora

Recuso-me a aceitar passivamente a tendência generalizada para a degradação da qualidade dos agentes políticos que o concelho de Idanha-a-Nova tem sentido nestes últimos anos. Desde a saída de Joaquim Morão, autarca que colocou o concelho no mapa, mercê da sua visão estratégica e tacto político, Idanha-a-Nova baixou a um nível de mediocridade ímpar.
As apostas no ensino, na cultura, no turismo, nas parcerias estratégicas e na cooperação transfronteiriça, valeram a Morão o título de autarca modelo, abrindo-lhe, por mérito, as portas da Capital de Distrito. Em Castelo Branco realizou uma obra arrojada, necessariamente polémica, virada para o futuro, preparando-se agora para assumir um papel de protagonista no processo de regionalização que se avizinha. Goste-se ou não daquela raposa velha, para usar uma expressão simpática da gíria política, Castelo Branco é hoje uma cidade nova, preparada para novos desafios e só a ele se deve essa mudança
Ao contrário, Idanha-a-Nova perdeu o brilho de outrora. Apagou-se e arrasta-se num processo assustador de decrepitude. Idanha-a-Nova está envergonhada. Perdeu o brilho, assim como perdeu gente, empresas, emprego, protagonismo mediático, credibilidade. E isso deve-se aos agentes políticos que a desgovernam.

Respondendo a um leitor sobre a lista do PSD

Determinado leitor sugere que eu me pronuncie sobre uma questão muito concreta e que se prende com as últimas eleições autárquicas, mais precisamente sobre a lista candidata do PSD à Junta de Freguesia de Ladoeiro. Preferiria pronunciar-me sobre questões de futuro e não sobre factos pretéritos, em todo o caso, julgo que não só no PSD, mas na generalidade dos partidos, existem bons e maus candidatos, assim como existem bons e maus agentes políticos. Apenas recordo que João Marques era candidato a presidente e creio que Nuno João Lameiras o secundava, mas não estou certo. Conheço-os, são pessoas que merecem o meu respeito e com as quais mantenho uma relação cordial. Caso fossem eleitos, julgo que estariam à altura de exercer os cargos, mas não obtiveram votação suficiente para tal. E é isto o que posso dizer sobre o assunto.

Ladoeiro vai ter centro equestre

Agora que se aproxima a romaria de Santa Catarina de Sena, alguns jovens do Ladoeiro começam a preparar as suas montadas. Sendo certo que actualmente são já poucos aqueles participam na romagem a cavalo, ou em outra cavalgadura, existe entre os jovens da freguesia uma especial aptidão pelo desporto equestre e pelas actividades hípicas. Todavia, como não existe nenhum tipo de infraestrutura de apoio para estas práticas, muitos dos jovens com verdadeiras aptidões para esta modalidade desportiva acabam por não dar seguimento a uma paixão que bem poderia desembocar numa prática profissional promissora.
Sensível a esta realidade, a nossa candidatura tem como objectivo a construção de um centro equestre, que será composto por um picadeiro rectangular coberto, com medidas oficiais para a prática de ensino, um picadeiro rectangular, para actividades de hipoterapia e asinoterapia, e ainda um conjunto de cavalariças, para que os jovens que não dispõem de condições possam ali alojar, mediante o pagamento de uma renda, os seus cavalos.
Refira-se que o projecto de viabilidade do centro prevê diferentes modalidades de alojamento para as montadas, podendo optar-se pelo simples arrendamento de uma box ou de uma baia, ou pela pensão completa, que inclui alimento e trabalho do cavalo.

domingo, 29 de março de 2009

O verdadeiro convívio intergeracional

Já apresentei aqui algumas medidas que tenciono implementar quando for presidente da Junta de Freguesia de Ladoeiro. Gostaria, agora, de sublinhar o empenhamento da minha candidatura na área da formação humana, daí a aposta na mediateca, na biblioteca, no auditório, na sala de estudo. Refira-se, no entanto, que todas estas obras serão apenas espaços vazios, se não se tomarem as necessárias medidas para os animar. É isso que faremos, com a implementação de cursos, oficinas técnicas, atelieres de formação, entre outras acções educativas. A sociedade em que vivemos é muito exigente, e está em constante e permanente mutação, pelo que se torna absolutamente indispensável procurar compreende-la e responder de forma pronta e eficaz às suas solicitações. Paralelamente, o mundo rural, que caracteriza o nosso espaço, contém, no seu âmago, aspectos de uma riqueza inestimável, que urge a todo o custo transmitir às novas gerações. Por isso, as áreas de formação que pretendemos por ao alcance de todos procurarão conciliar estas duas vertentes, pondo em diálogo as diferentes gerações de cidadãos que compõem a nossa pequena comunidade.
Os mais velhos ensinarão aos mais novos técnicas e saberes ancestrais, transmitidos ao longo de gerações, e que correm o sério risco de se perderem para sempre. Por sua vez, os mais novos porão os idosos em contacto com as novas tecnologias e com o conhecimento contemporâneo, num verdadeiro convívio intergerecional, para aproveitar a expressão de propaganda usada pelo executivo camarário, para definir um piquenique que se realiza, de quando em vez, nos barracões da Saipol.

O erro de políticas unívocas

A riqueza patrimonial do concelho de Idanha-a-Nova é um dado irrefutável, nos seus múltiplos e variados aspectos, seja no campo do património construído, corpóreo e incorpóreo, bem como no campo do património natural.
Estes valores, cuja edificação e preservação se deve, em grande medida, a gerações anteriores à nossa, são agora utilizados como ponto de atracção e como mais valia a ter em conta, no âmbito da animação do tecido económico local. Por isso, a Câmara Municipal tem canalizado as suas atenções, repercutidas num esforço financeiro apreciável, no sentido de afirmar o concelho como um marco turístico incontornável da região. Não obstante, estas medidas não têm tido o retorno almejado, a julgar pelo desânimo de grande parte dos comerciantes do concelho, mormente os empresários do ramo da restauração e hotelaria. Julgo que este facto nos deve ensinar que apesar do sector do turismo merecer um lugar de destaque no quadro das actividades económicas do concelho, não deveremos olhar para ele como uma espécie de tábua de salvação, susceptível de fazer inverter fenómenos como o crescente desemprego e desertificação.
Consideradas as devidas diferenças, a ver no turismo o único vector do desenvolvimento económico, corremos o risco de ver acontecer o que sucedeu com a monocultura do tabaco: quando esta acabou não existia uma alternativa viável, susceptível de criar os rendimentos e a riqueza daquela.
Agora que a crise aflige os mercados, e que o sector do turismo se recente da contracção da despesa no ramo, fica a nu o resultado de políticas unívocas, como aquela que pautou o fomento do sector económico nos últimos anos. Afinal, o turismo não passou de um balão com muito ar, que rebentou ao sinal da primeira brisa.

quinta-feira, 26 de março de 2009

Sector do turismo em dificuldades

Na actualidade, o sector do turismo é apontado como um dos que mais sentirá a contracção da despesa nos mercados. Em tempos de vacas magras, as famílias ponderam e calculam ao pormenor a aplicação dos seus recursos financeiros, e o lazer e o divertimento não são seguramente prioridades.
De resto, os comerciantes do concelho, sobretudo do ramo da hotelaria, da restauração e retalho, há muito chamam a atenção para enormes quebras na facturação.
Fazendo uma análise rigorosa e isenta dos resultados obtidos com as politicas de turismo da autarquia, parece verificar-se que o enorme esforço financeiro realizado não foi acompanhado por resultados minimamente satisfatórios, daí o encerramento de estabelecimentos comerciais, a redução do número de dormidas em estabelecimentos hoteleiros e o sufoco financeiro generalizado dos pequenos comerciantes, como têm vindo a lume recentemente.

terça-feira, 24 de março de 2009

Na luta das ideias os ataques pessoais não vencem

Nas antigas batalhas, as tropas orientavam-se pelo sinal dos pendões, que identificavam o campo das hostes a que pertenciam, quando muitos dos contendores lutavam mais pelo soldo do que por lealdade ao senhor. Cada chefe militar ostentava determinadas insígnias, que depois acabariam por evoluir para o actual brasão de armas.
Vejo nos emblemas partidários alguma desta filosofia, tanto que muitos eleitores e militantes da generalidade dos partidos políticos, desconhecendo a essência das teses ideológicas, políticas e económicas dos mesmos, se orientam cegamente pelas bandeiras que os seus chefes oportunamente desfraldam.
Por diversas vezes ouvi, em conversas de café, a frase "sou do benfica (ou do Porto, se quiserem, ou outro ainda, vai dar tudo ao mesmo) e do partido tal até à morte", o que realmente é sintomático da expressão acrítica com que alguns simpatizantes de partidos defendem os chefes, independentemente das suas orientações ideológicas ou das práticas políticas.
Já neste blogue tive essa confirmação, quando determinado comentador, dizendo-se do PS, defendia práticas económicas neo-liberais bem típicas dos partidos de direita. Bem, de resto, a generalidade dos comentários, elucida, tout-cour, a forma cega com que os participantes defendem Álvaro Rocha, como se este espaço de debate se tratasse de um círculo de ataque pessoal ao autarca. Nada mais errado, já o disse. Simplesmente, é minha obrigação, enquanto candidato a autarca, dizer o que está mal, e apresentar propostas para superar essa situação. E é o que tenho feito.
Daqui resulta que quem se tem servido deste espaço para fomentar ataques pessoais tem sido a hoste de Álvaro Rocha, ignoro se a seu mando, deixando claro o seu calibre e a sua ignorância, pois, ao invés do que seria de esperar, que rebatessem as minhas propostas com argumentos válidos, limitam-se a desferir golpes a esmo, na ideia de que algum acabará por me acertar. Desenganem-se, soldados. Estou preparado para a luta, porque a minha batalha é a das ideias, e neste campo a vossa desvantagem é por demais evidente.

segunda-feira, 23 de março de 2009

A sociedade do medo

A quantidade de comentários de anónimos que têm colaborado com este blogue é bem sintomática do clima de medo e comprometimento que existe no concelho de Idanha-a-Nova. As pessoas, como se algo as constrangesse, receiam manifestar publicamente a sua opinião, seja ela a favor ou contra as ideias que aqui apresento, e refugiam-se no anonimato para expressar aquilo que sentem. Este facto revela bem a pouca saúde da cultura democrática em Idanha-a-Nova. As pessoas acanham-se, temem represálias e inimizades. Tudo sintomas de que algo não está bem em Idanha-a-Nova e de que muita coisa tem que mudar, para que finalmente a democracia e a cultura do livre pensamento se afirme. Ninguém pode ser acusado, perseguido, intimidado ou vítima de qualquer outro tipo de constrangimento por afirmar publicamente as suas opiniões. É esta a cultura que perfilhamos e é a mesma que defendemos para a nossa candidatura, por muito que custe ao poder instalado e por muito que contrarie as suas práticas.

O debate de ideias como contributo da democracia

Nem sempre é fácil debater assuntos que digam respeito ao futuro da nossa terra e do nosso concelho, muito menos quando se apontam as debilidades dos políticos e das politicas seguidas.
Encarar com frontalidade questões polémicas, sobretudo quando falta massa crítica e abunda o carneirismo político, torna-se, por vezes, uma tarefa bastante ingrata, apesar de frutífera e prometedora, pois o debate de ideias revela-se um contributo essencial para o crescimento e o fortalecimento da democracia.
Nos pequenos meios, como o de Idanha-a-Nova, onde o caciquismo e o comprometimento de interesses se mostram cada vez mais evidentes, quem tem a coragem de dizer o "rei vai nu" é apontado, não raro, como traidor, como se a livre opinião se tratasse de um delito público.
Realmente, este dado revela bem algum índice de défice democrático, pelo menos no que respeita à livre expressão de ideias. Já não vou tão longe quanto um comentador deste blog, que compara, por defeito, Álvaro Rocha a Alberto João Jardim, mas não minto se disser que o poder instalado prefere o seguidismo à capacidade de crítica isenta. Eu, que conheço um pouco da História desta Terra e desta Gente, sei que foi assim durante muito tempo, direi mesmo tempo a mais. O que me espanta é que esta maneira de estar perdure para além do que seria aceitável. É lamentável que não sejam ainda muitos aqueles que conseguem discutir com elevação questões centrais para o futuro de Idanha, não obstante o seu número é crescente, e isso encoraja todos quantos nos preocupamos com a nossa Terra.

sábado, 21 de março de 2009

Somos contra preconceitos e segregações sociais

Tenho tido por princípio não desenvolver aqui os comentários que os nossos leitores nos enviam. Todavia, foi suscitada uma questão que merece desenvolvimento, até porque dar-lhe resposta define a minha posição face a determinado assunto. Por formação humana, familiar, democrática e cívica, não posso compactuar nem concordar com nenhuma espécie de segregação social, tenha ela a fundamentação que tiver, bem seja a raça, a etnia, a riqueza, a ascendência, a instrução, a religião, o sexo, a profissão ou as convicções políticas ou ideológicas. Todos os indivíduos nascem iguais e todos os cidadãos têm a mesma dignidade social, não podendo ninguém ser privado de qualquer direito em razão de alguma daquelas especificidades.
O direito à habitação é um direito fundamental, constitucionalmente consagrado, tendo todos o direito, para si e para a sua família, a uma habitação de dimensão adequada, em condições de higiene e conforto e que preserve a intimidade pessoal e a privacidade familiar.
Para assegurar este direito, incumbe ao Estado programar e executar políticas de habitação, promovendo, em colaboração com as autarquias locais, a construção de habitações económicas e sociais.
Já afirmei que tencionamos implementar um plano de habitação social, e ninguém será dele excluído com base em preconceitos sociais de nenhuma espécie.

quinta-feira, 19 de março de 2009

Connosco, a Juventude vai ter poder de decisão e responsabilidade política

Connosco, a Juventude não será apenas o centro da nossa atenção política, mas será necessariamente o centro da nossa actuação política. Isto porque tencionamos dar um lugar de destaque aos jovens no âmbito dos mandatos autárquicos. Não é aceitável a política seguida até aqui, de afastar de forma propositada a juventude dos centros de decisão. Para nós, este tipo de actuação, que tem caracterizado as opções políticas das últimas décadas, tem os dias contados.
De facto, um dos aspectos que caracteriza a juventude é a sua irreverências, mas não é esta a sua principal qualidade, mas sim a sua capacidade de trabalho, de dizer a verdade, de ser frontal e honesta.
Connosco, os jovens não ocuparão apenas lugares para encher o boneco. Tencionamos dar lugares elegíveis e de grande responsabilidade aos jovens, porque confiamos na juventude e na sua capacidade de visão para fazer face a alguns dos problemas que assolam a região.
É certo que o concelho se encontra bastante envelhecido, mas se o queremos rejuvenescer é absolutamente indispensável pedir a ajuda e a participação dos jovens.

Forum da Juventude

Já afirmámos que o nosso principal compromisso é com a juventude, pelo que canalizaremos todos os nossos esforços no sentido de responder às suas necessidades efectivas. Assim sendo, é absolutamente prioritário ouvir as suas opiniões, compreender os seus pontos de vista e responder de forma prática às suas solicitações. Torna-se, pois, necessário criar um momento privilegiado para desenvolver este tipo de debate, o que se fará no Forum da Juventude. O Forum da Juventude compreenderá umas jornadas de estudo e reflexão, que terão lugar de forma periódica e que deverão ser alargadas a todos os jovens do concelho de Idanha-a-Nova, atendendo à necessidade de se tomarem medidas e encontrarem soluções que compreendam a juventude do concelho como um todo, pois são comuns muitos dos seus anseios e preocupações, designadamente com a questão da educação, da formação, do emprego e da constituição de família.

terça-feira, 17 de março de 2009

Mas afinal o que é a SAIPOL?

Algumas pessoas, querendo contribuir com ideias para a minha candidatura, têm apontado a dinamização da Saipol como uma proposta viável. Mas afinal o que é a SAIPOL? Se a memória não me falha, SAIPOL é a sigla de Sociedade Agroindustrial do Ponsul, mas o nome permaneceu depois do encerramento da unidade fabril, para designar as naves industriais onde a mesma tinha a principal actividade. A Saipoil é hoje, desta forma, o nome de um sítio onde existem uns barracões e o equipamento obsoleto utilizado para a laboração da polpa de tomate. Portanto, o que falta não é dinamizar um sítio, mas um sector de actividade, designadamente o sector agrícola e empresarial.
A autarquia adquiriu este espaço, prometendo a implantação de um mercado abastecedor. Mentiu. Não o fez. Agora tem em projecto a construção de um centro logístico agro-industrial, um nome muito mais requintado, para dizer precisamente a mesma coisa. Esqueceu-se foi de falar com os agricultores e com os empresários agrícolas.
A nossa proposta é diversa, pois não queremos construir a casa pelo telhado. Queremos dialogar com os agricultores; auscultar as suas sensibilidades, ouvir as suas opiniões, desenvolver as suas propostas, viabilizar as parcerias apresentadas. Primeiramente, há que elaborar estudos de viabilidade, sondar o mercado, ver as suas necessidades, compreender as suas rápidas e constantes mutações e exigências.
Só depois de efectuada esta primeira parte do trabalho se poderá avançar para a segunda fase. Só nessa altura se poderá pensar em rentabilizar as estruturas da antiga unidade agro-industrial do Ladoeiro. Até lá, aquele sítio não é mais do que um empate de capital monstruoso, em instalações caducas e obsoletas, que dificilmente se conseguirão adaptar às actuais normas impostas pelas entidades inspectivas, no âmbito das condições laborais, da segurança e da higiene alimentar e da saúde. Exemplo disso foi a necessidade da substituição integral da cobertura das edificções da dita Saipol, por não estarem de acordo com as imposições legais.

segunda-feira, 16 de março de 2009

Os pequenos gestos fazem a diferença

Por vezes, pequenos gestos fazem toda a diferença e, não raro, também as pequenas obras se destacam dos projectos imponentes. Tudo isto acontece quando as coisas são olhadas com atenção e sensibilidade.
Vem isto a propósito de há já algum tempo me incomodar o facto de uma das mais emblemáticas obras da nossa terra estar votada a um completo e aviltante abandono. O que ganha maior dimensão quando o próprio escudo de armas da freguesia a reproduz . Refiro-me, como já se percebeu, ao Chafariz Grande.
Concebido, em tempos longínquos (1571), para matar a sede a pessoas e animais, trata-se de uma obra de arte de grande interesse, merecedora de todo o nosso cuidado. Lamentavelmente, há muito tempo que o seu tanque deixou de ter água. Ora, sendo uma das competências das juntas de freguesia o cuidado e a reparação de fontes e chafarizes, não deixaremos de prestar a atenção que o nosso Chafariz merece, com o simples gesto de voltar a fazer correr água no seu tanque.
Paralelamente, tencionamos dar-lhe uma outra dignidade, colocando um pequeno letreiro com dados históricos nas suas imediações, ao mesmo tempo que se procederá à sua iluminação nocturna.
Proceder-se-à também à eleboração de miniaturas em gesso e reproduções em azulejos, para que todos aqueles que o desejem possam ter em suas casas o ex-libris do Ladoeiro.

domingo, 15 de março de 2009

Vamos implementar cursos de artes e ofícios tradicionais

Nem sempre as artes e os ofícios tradicionais têm merecido a devida atenção e raramente se olha para estes sectores da actividade económica como janelas de oportunidade para o futuro dos jovens. Julgo que o cerne do problema radica no facto de se ter atribuído pouca dignidade social a estas profissões.
Por isso, é cada vez mais difícil encontrar quem domine as técnicas elaboradas de profissões práticas antigas, como a de ferrador, de tosquiador, de enxertador, de podador, entre outras.
A determinada altura perdeu-se uma grande oportunidade para ministrar cursos profissionais nestas áreas, todavia não é tarde para inverter esta situação.
Por isso, defendemos a elaboração de parcerias com entidades diversas para a realização de cursos de artes e ofícios tradicionais, no sentido de responder à procura crescente de produtos e serviços diferenciados por parte de um segmento de mercado com elevado poder económico.
A título de exemplo, refira-se que não é fácil encontrar um bom podador hoje em dia, com prejuízo da rentabilidade das explorações agrícolas, o mesmo sucedendo com os enxertadores, cuja perícia e saber de experiência feito se vai exaurindo sem que deles restem testemunhos e heranças proveitosas.

sábado, 14 de março de 2009

Ladoeiro vai ter memorial de homenagem

Em tempos alertei as autoridades para o estado de abandono do cemitério velho do Ladoeiro. Estudei o assunto, encontrei documentos antigos, que falam da escritura da compra do terreno a um ramo da família Lavado pela Junta de Paróquia, que referem o empreiteiro e uma série de outras curiosidades históricas. Com esses e outros dados elaborei um pequeno opúsculo, que distribuí gratuitamente pela população.
Em dada altura, fiz alguma pressão para que fosse dada dignidade ao antigo cemitério e apresentei propostas concretas para recuperar o local. Com base nessas sugestões, foram feitas promessas eleitorais, no sentido de que o mesmo seria intervencionado, mas nada foi feito e o estado de ruína agrava-se de dia para dia.
A nossa candidatura propõem-se beneficiar aquele espaço e construir um memorial em homenagem a todos os que ajudaram a erguer esta freguesia, ao longo de centenas de anos.
Vamos fazer um pequeno e simples jardim, onde será colocada uma lápide com breves dados históricos sobre a freguesia. Entendo que devemos este tributo aos nossos maiores, e esta será para mim uma questão muito pessoal. Tanto mais que o esforço financeiro para esta obra se resume a alguns milhares de euros. O gesto, esse, tem um valor imensurável, pois o plano da sua medida ultrapassa o campo da economia, consagrando-se inteiramente ao campo da moral, e é, para mim, absolutamente imoral consentir que um campo sagrado se transforme, no nariz de todos, num cagadouro público.

O Ladoeiro vai ter campo de futebol relvado

Agora que o que restava do nosso velhinho campo de futebol acaba de ser esventrado, não vale a pena verter lágrimas por ele. Vamos olhar para a frente e estudar a melhor solução para que o Ladoeiro não fique sem um campo de futebol de 11.
Em criança assisti a muitos jogos animadíssimos, que entretinham toda a assistência. O Ladoeiro era diferente, bem o sei! Quanta folia, quanto movimento! Enfim, tempos que já lá vão. Depois, esta modalidade foi perdendo participantes, mas sempre houve resistentes e julgo que é lamentável que a nossa freguesia perca esta valência, tanto mais que existem possibilidades de estudar a sua rentabilização.
Assim, vamos fazer todos os esforços para que o Ladoeiro tenha um campo de futebol de 11, e já que esta é a freguesia da água, equacionaremos a possibilidade de o mesmo ser relvado.

Fazer o básico não chega

Algumas pessoas têm mostrado a sua admiração pela quantidade de obras e medidas políticas que a nossa candidatura se tem proposto realizar. De facto, admito que tenho apresentado um leque diverso e variado de propostas, o que acontece pelo simples facto de que para além da gestão corrente da freguesia pouco ou nada se fez nestes últimos anos.
Quem conhece o Ladoeiro sabe como as suas ruas são varridas, os seus poucos canteiros/jardins arranjados, os caminhos cuidados, as suas fontes e chafarizes beneficiados, a erva das valetas cortada, alguns lugares públicos desinfestados de ratos e outras pragas. Mas isto, meus amigos, não chega para se dizer que existe uma estratégia política dinâmica e virada para o desenvolvimento e progresso da freguesia. Isto é fazer o básico, e neste caso fazer o básico é muito pouco, ou nada É preciso arrojo e dedicação. É preciso visão e conhecimento. E é isso que caracteriza a nossa proposta, pois, como temos dito, queremos uma Junta de Freguesia forte e que afirme a sua autonomia, porque para fazer o básico a freguesia não precisava de uma ter uma autarquia autónoma, bastava ser a Câmara Municipal a assumir essas responsabilidades. Não é isso que nós queremos.

quinta-feira, 12 de março de 2009

Vamos levar os serviços ao cidadão

A desconcentração e a descentralização administrativas visam, de um modo geral, aproximar do cidadão os diferentes serviços do Estado, tornado-os efectivos e mais eficientes.
Nesta linha de orientação, a nossa candidatura defende que a autarquia deve, de igual modo, promover a aproximação dos serviços ao cidadão, levando aqueles ao seu encontro.
Assim, de forma periódica, os serviços da autarquia devem deslocar-se às diferentes freguesias do concelho, por forma a que quem tem dificuldades em sair da sua terra possa, deste modo, tratar de assuntos relevantes da sua vida, sem precisar de se ausentar por períodos demasiado longos e tendo ainda que enfrentar demasiada burocracia, até conseguir ver o seu problema resolvido.
Esta questão ganha maior consistência quando se conhece a elevada taxa de envelhecimento da população e o seu fraco grau de instrução, pelo que todos os esforços realizados no sentido de facilitar a vida a esta franja tão alargada do quadro etário do concelho corresponderá, inteiramente, ao objectivo de ir ao encontro dos desejos e das reais necessidades dos munícipes, especialmente daqueles que mais precisam.

terça-feira, 10 de março de 2009

Quem acode aos pequenos comerciantes do concelho?

Resultado de políticas irreflectidas e absolutamente casuísticas, o comércio tradicional do concelho de Idanha-a-Nova atravessa uma situação verdadeiramente preocupante, chegando em alguns casos a ser muito dramática, estando em risco vários postos de trabalho e o equilíbrio financeiro de diversas famílias.
Um dos factores que caracteriza os bons políticos é o facto da implementação das medidas por si preconizadas não se traduzir em prejuízos em campos diversos daqueles para os quais as mesmas se destinavam. Com efeito, se quando se pretende beneficiar determinado sector da população, ou das actividades económicas, se prejudicam outros e daí resultam desvantagens maiores do que aquelas que inicialmente se verificavam, estamos perante medidas mal ponderadas, resultado de falta de visão política global e estratégica, características facilmente identificáveis com o consulado de Álvaro Rocha.
A nossa candidatura vai olhar com especial atenção para o comércio tradicional da freguesia, e não permitirá que um sector tão importante da sua vida económica mereça a discriminação negativa de que tem sido alvo nestes últimos anos.

segunda-feira, 9 de março de 2009

O Turismo como bandeira ilusória

A situação das aldeias do interior do País é de todos conhecida e o território do concelho de Idanha-a-Nova não constitui excepção, no quadro do envelhecimento generalizado da população, do despovoamento, das altas taxas de desemprego, da baixa escolaridade dos activos, do abandono dos campos, do fraco rendimento escolar dos alunos. Não existe um, mas vários motivos que originaram o actual estado de coisas, alguns dos quais se descobrem no domínio da longa duração histórica e não constitui novidade o facto de, desde cedo no processo de construção do Estado Português, o interior ser uma área que apresenta poucos atractivos à fixação das gentes.
Diversos foram os exemplos de incentivos implementados pelos nossos monarcas, no sentido de tornar a região atractiva, alguns bem radicais, tal como a criação de coutos de homiziados, locais que, por assim dizer, davam imunidade a determinados tipos de criminosos. Todavia, o afastamento da região dos centros de decisão, o facto de estar numa situação de primeira exposição ao embate dos exércitos invasores, a tendência oceânica dos grandes projectos nacionais, a falta de investimento em infraestruturas absolutamente cruciais para o desenvolvimento, como a rede viária, ditaram o sentido da evolução de todo o processo que conduziu a construção macrocéfala do país.
Se é verdade que este cenário de deve, em grande medida, a políticas adoptadas pelos poderes centrais, não podem ser escamoteadas as responsabilidades que nesta matéria competem aos poderes locais. E se é verdade que nesta última dezena de anos a situação de Idanha-a-Nova se agravou, depois do florescimento em que aparentemente se traduziu o consulado de Joaquim Moão, não é seguramente alheia a este facto a responsabilidade política de Álvaro Rocha, em cujos mandatos não se vislumbra uma única obra ou política verdadeiramente estratégica e com sentido.
O sector turístico tem sido usado como bandeira. Mera ilusão, que o desengano dos empresários e de alguns políticos locais deixa a descoberto, como se depreende da realidade trazida à luz por Diogo Cordeiro e por Mário Gomes Pechorro. Com efeito, o proprietário do Hotel Estrela de Idanha não esconde a situação financeira dramática atravessada por aquela unidade, e o Presidente da Assembleia de Freguesia de Segura colocou o dedo na ferida, quando trouxe para a praça pública a realidade verificada em Segura, com respeito às valências turísticas ali existentes, votadas a um completo e gritante abandono.

domingo, 8 de março de 2009

A Junta de Freguesia vai ter boletim bimestral

A nossa candidatura defende que a Junta de Freguesia pode criar um boletim informativo bimestral, no sentido de divulgar assuntos de cariz institucional de interesse geral para a população. Paralelamente, este boletim servirá de veículo para todas as informações relativas à vida quotidiana da freguesia e estará aberto à participação das associações locais, para que também elas possam divulgar, para toda a comunidade, as suas actividades.
Este boletim será distribuído de forma gratuita no balcão do Gabinete de Apoio à Desburocratização (GAD) e poderá ser recebido em casa, mediante o pagamento de determinada quantia, destinada essencialmente a cobrir os custos dos portes. Esta última modalidade foi especialmente concebida a pensar em todos quantos se encontram fora da sua terra, mas desejam estar a par das coisas que ali vão sucedendo.

A Junta de Freguesia vai atribuir bolsas de estudo

A nossa candidatura defende que a Junta de Freguesia pode instituir bolsas de estudo para os alunos do Ladoeiro que ingressem no ensino superior público. Estas bolsas visam incentivar os jovens para que prossigam os seus estudos, no sentido de que possam, um dia, depois de diplomados, contribuir com a sua formação e experiência para o progresso da freguesia.
Na hora de atribuir as bolsas de estudo, a Junta de Freguesia ater-se-à a dois critérios. O primeiro premiará a excelência, sendo, pois, indexado às melhores notas obtidas pelos alunos. O segundo visa impedir que os jovens da freguesia se vejam impossibilitados de prosseguir os seus estudos, quando o agregado familiar não possua recursos financeiros para suportar os seus custos.
De referir que o regulamento das bolsas prevê o caso de um mesmo aluno preencher os requesitos dos dois critérios atributivos, pelo que, nesta altura, um dos valores pecuniários, equivalente ao custo das propinas anuais, poderá ser dispendido em bibliografia específica ou outros instrumentos essenciais ao curso frequentado pelo aluno.

sábado, 7 de março de 2009

Vamos criar uma associação de freguesias

Na mensagem anterior referimos a principal função das Juntas de Freguesia, que é defender os direitos e os interesses próprios das comunidades locais. Entendemos que tal só será exequível com juntas de freguesia fortes e autónomas. Por isso, defendemos a criação de uma associação de freguesias do concelho, no sentido de, em conjunto, todas trabalharem em prol dos seus interesses comuns, criando sinergias, repartindo custos e maximizando proveitos.

Queremos uma Junta de Freguesia forte

A nossa candidatura vai lutar por conseguir uma Junta de Freguesia Forte e uma Assembleia de Freguesia plural, participada e esclarecida.
O tempo em que vivemos exige gente de acção, dinâmica e com visão de futuro. A receita usada até aqui, não apenas por este executivo, não é compatível com as necessidades actuais.
Tem-se apontado como um dos factores de atraso das aldeias dos nosso concelho o facto de as suas juntas de freguesia serem compostas, na sua esmagadora maioria, tal como as assembleias de freguesia, por gente da reserva dos caciques locais, idosa e com pouca formação escolar ou académica. Porque será que isto é assim? Não terão as nossas aldeias pessoas de gerações mais jovens, que pensem de modo autónomo e independente, com capacidade e interesse por participar na vida política das suas terras. Têm, por certo. Todavia, parece ter interessado mais ao poder instalado na câmara municipal juntas subservientes e apagadas.
A juntas de freguesia e as respectivas assembleias não são, já o disse aqui, meras extensões das câmara municipais. São órgãos autónomos e independentes, cuja principal função é defender os direitos próprios dos respectivos moradores. E é isso que faremos, por um Ladoeiro Melhor.

quinta-feira, 5 de março de 2009

Vamos criar o concurso da horta mais bonita

O termo jardim é relativamente recente no vocabulário português, e resulta da adaptação do vocábulo francês jardin. Tanto assim é que em documentos antigos (até ao século XVI-XVII), quando são referidos hortas e pomares junto as casas e palácios querem significar, na maioria dos casos, espaços de recreio dos seus proprietários. Isto porque até então o jardim em voga não era concebido, como hoje, como um espaço de simples plantas de adorno. Na realidade, plantas produtivas e de consumo doméstico eram ordenadas e tratadas de forma a criar espaços e circuitos agradáveis não só à vista, mas também aos outros sentidos, designadamente ao olfacto, uma vez que o cheiro, tal como a água, é um elemento muito importante no conceito de jardim mediterrânico, que é a matriz da nossa inspiração de ajardinar.
A este dado não é alheia a expressão "Parece um Jardim", muito utilizada pelos ladoeirenses, quando se referem a uma horta bem cuidada.
Sou muito sensível a esta questão, talvez porque na casa onde cresci, no Ladoeiro, existisse, nas traseiras, uma pequena horta, com a sua barroca de água corrente, as suas laranjeiras, os seus canteiros de hortelã, erva-cidreira e salsa, entre diversas árvores de fruto e hortícolas distintas, numa paleta riquíssima de tons e sons variados. Paralelamente, sei o que representa, no âmbito da economia doméstica, possuir uma pequena horta para a maioria dos anciãos e reformados do Ladoeiro, sem esquecer o que a mesma pode aportar no âmbito da ocupação saudável do seu tempo disponível.
Desta forma, tenciono instituir um concurso anual para atribuir prémios pecuniários às hortas familiares mais bem cuidadas, onde, no âmbito dos factores de ponderação, sejam considerados os espécimes cultivados, as boas práticas agrícolas e ecológicas, o embelezamento dos espaços e o respeito pela fauna e flora autóctone existente.
Está bom de ver que com tal concurso se conseguem atingir diversos objectivos, designadamente o fomento da preservação da bodiversidade agro-pecuária, faunística e florística, a preservação das práticas agrícolas ancestrais e a valorização das produções do Ladoeiro, considerando a promoção mediática que tal concurso logrará.

quarta-feira, 4 de março de 2009

É preciso mudar os políticos

Gostaria de poder discutir com seriedade os problemas da freguesia de Ladoeiro e as necessidades da sua população, no sentido de encontrarmos, em conjunto, as melhores soluções para cada caso.
Quando aponto críticas a Álvaro Rocha, não o faço por questões pessoais. Já o disse, mais que uma vez, e quero-o frisar agora: o cidadão Álvaro Rocha merece o mesmo respeito que dispenso à generalidade das pessoas que conheço. No entanto, não posso deixar de tecer críticas ao seu desempenho enquanto autarca. Nunca o fiz de forma gratuita, e julgo que tenho consolidado as razões por que considero erradas as suas políticas. Eis alguns exemplos, que julgo mais flagrantes.
a) Não posso concordar com a forma como resolveu a questão do Mercado Municipal. E porquê?
1- Votou contra uma obra sem justificar os fundamentos da sua decisão;
2- Depois de ser eleito Presidente da Câmara, fez tábua rasa de uma decisão democrática, tomada num órgão colegial do qual fazia parte, enquanto vereador da oposição, e mandou cancelar uma obra já em curso.
3- Em consequência do cancelamento da obra, lesou o erário público em perto de vinte mil contos, valor pago a título indemnizatório ao empreiteiro a quem a mesma havia sido adjudicada.
4- No local onde deveria ter construído o Mercado Muncipal, a autarquia nada fez durante oito anos, não conseguindo resolver o problema das barracas de ciganos ali existentes.

b) Não posso concordar com a questão do Mercado Abastecedor do Ladoeiro. E porquê?
1- Porque Álvaro Rocha prometeu fazer e não cumpriu;
2- Ou porque não teve capacidade política para o fazer;
3- Ou porque mentiu deliberadamente ao Povo do Ladoeiro;
4- Seja como for, a um autarca devem ser pedidas responsabilidades políticas: é isso que faço.

c) Não posso concordar com as políticas de juventude para a freguesia. E porquê?
1- Simplesmente, porque não existem;
2- Os jovens não têm uma biblioteca, onde possam compensar algumas carências a nível de bibliografia científica, ou dar asas à imaginação através da literatura;
3- Não têm uma mediateca, onde possam acompanhar a complexidade das tecnologias de informação e comunicação;
4- Não têm uma sala de convívio, onde desenvolvam as suas actividades pessoais, lúdicas e didácticas;
5- Não têm uma sala de estudo, onde possam ser ajudados em tarefas de âmbito escolar;
6- Não têm um auditório, para verem e fazerem teatro, visionarem filmes, ouvirem música, etc.
7- Não têm ateliês criativos, onde possam mostrar e desenvolver as suas capacidades e aptidões.

d) Não posso concordar com a política social existente na freguesia. E porquê?
1- Não existe um gabinete de apoio à desburrocratização, onde as pessoas sejam ajudadas a interpretar ofícios e a preencher formulários, valência tanto mais fundamental, quanto se sabe o elevado índice de iliteracia verificado no Ladoeiro.
2- Como consequência disso, dezenas de pessoas, com enquadramento de requisitos, não beneficiam do rendimento Social de Inserção, do Complemento Solidário ao Idoso, entre outras prestações sociais atribuídas pela admnistração central;
3- Donde, algumas pessoas vivem com muitas restrições orçamentais e milhares de euros deixam de entrar no circuíto financeiro da freguesia;
4- Inúmeras pessoas desconhecem os seus direitos e as suas obrigações perante entidades diversas, tais como a Justiça e os Tribunais, a Administração Tributária e Fiscal; o Sector Financeiro e a Banca, etc.

Não posso concordar com a política de preservação patrimonial da autarquia. E porquê?
1- Porque não existe;
2- E, em consequência disso, perde-se gradualmente o rico património da freguesia, tanto o corpóreo como o incorpóreo.
3- Não existe uma casa etnográfica de adobe;
4- Não existe respeito pela traça arquitectónica dominante;
5-Não existem estudos monográficos sobre a freguesia;
6- Não existe um arquivo histórico-documental da freguesia;
7- Não existem levantamentos etnográficos sobre as pessoas, as artes e as tradições;
8- Não existe respeito pelos caminhos públicos ancestrais;

Para não tornar fastidioso este texto, fico-me por aqui, não sem antes apelar à reflexão dos leitores, no sentido de se perceber de quem é a responsabilidade política de nada ter sido feito para mudar o rumo do Ladoeiro e consequentemente tornar esta freguesia atractiva, competitiva e dinâmica. Pelo contrário, o Ladoeiro é uma freguesia envelhecida, desertificada, sem perspectivas, com uma população desempregada e cada vez mais pobre, com inúmeros problemas sociais a emergirem de dia para dia.
Romper uma estrada, construir uma piscina, equipar um lar de Terceira Idade são obras importantes, sem dúvida, mas não são medidas estratégicas de desenvolvimento, diria que não passam de obras de gestão corrente. Assim, é preciso mudar as políticas e isso passa, necessariamente, por mudar os políticos. A começar por Álvaro Rocha.

terça-feira, 3 de março de 2009

Toda a verdade sobre o Museu do Burro

Não acredito que Álvaro Rocha encomende o sermão aos lambe-botas que enviam mensagens do teor das que se segue:
-"Sr. Pedro como vai lidar com as gentes do ladoeiro, vai ser dificil, especialmente para o senhor, que já tentou com os burros do ladoeiro e não conseguiu. Será que eles tambem o utilizaram e depois o despediram. Pois a gente do ladoeiro não necessita doutores, mas sim de gente que os compreenda, e ao senhor nem os burros o compreenderam".
Em todo o caso, para esclarecer o assunto, esta vem mesmo a propósito. De facto, tentei implementar no Ladoeiro um projecto interessantíssimo e vanguardista, que está a dar os primeiros passos em países civilizadíssimos, em quintas situadas nos arredores das principais capitais.
Quando estudei este projecto com os meus parceiros, deparou-se-nos a possibilidade de o implementar no Parque de Monsanto, em Lisboa. Todavia, sempre a pensar na minha terra, puxei a brasa à minha sardinha e coloquei o Ladoeiro em primeiro plano. Mea culpa.
A ideia é simples, e radica na utilização do burro como veículo de terapia ocupacional. Chama-se asinoterapia e há a também a versão de hipoterapia, quando o animal utilizado é o cavalo.
No Ladoeiro, a ideia alargava-se a uma espécie de Centro de Interpretação de Práticas Agrícolas Tradicionais com Burros, a que por uma questão de comodidade dei o nome de Museu do Burro.
Em suma, e para atalhar, o projecto teve como utilizadores a APPACDM de Castelo Branco; a APPACDM do Fudão contactou-nos para o mesmo efeito, inúmeras escolas nos visitaram, até mesmo o Departamento de Literatura Popular da Universidade Nova de Lisboa, diversos programas de televisão levaram o nome da nossa terra muito longe, etc, etc.
Mas como começou o projecto no Ladoeiro? Num primeiro momento, procurei a Câmara Municipal de Idanha-a-Nova e esta mostrou-se receptiva à ideia, disponibilizando um terreno que até então servia de lixeira, nos arredores do cemitério do Ladoeiro, para onde, não raras vezes, vazavam caixões, tumbas, vestes e calçado dos mortos. Limpei toda aquela imundicie, diversas toneladas de lixo, e implementei o projecto. Que foi um sucesso. Todavia, com o crescente número de visitas, tornava-se necessário dotar o espaço de mais condições, designadamente de sanitários de alvenaria, pois até então socorriamo-nos de WC`s plásticos. Procurei a ADRACES, e esta aceitou comparticipar as obras, num valor de perto de quinze mil euros, se não me falha a memória. No entanto, forças de bloqueio, protagonizadas por Joaquim Soares, vereador da autarquia, impediram a todo o custo a realização das obras, para as quais existia inclusivamente o projecto de arquitectura.
Apesar do enguiço, não esmoreci e continuei. Até ao dia em que certa pessoa que partilhava o espaço com o Museu foi surpreendido, em plena luz do dia (01.12.06), pela segunda vez, a praticar actos sexuais anómalos com um animal, designadamente uma cadela, propriedade do Museu, que viria a ser abatida, em virtude de um prolapso da vagina. Nesse dia disse basta e fui falar com Álvaro Rocha, no sentido de tentar retirar aquele tarado sexual de um sítio permanentemente visitado por crianças e por deficientes mentais, como era o Museu do Burro. Encavacado, lá fui, sem saber bem por onde começar. Não é fácil lidar com o tema, mas enfim, ganhei coragem e falei sobre o caso. Qual não foi o meu espanto quando Àlvaro Rocha me disse, por estas palavras, que não queria ter nada a ver com o assunto, e que diria não saber de nada se o mesmo um dia fosse suscitado, e que, se quizesse, mandasse eu o indivíduo embora, pois ele não o faria. Não gostei do que ouvi, vindo de quem veio, mas como não queria deixar morrer o projecto, procurei conselho no Departamento Jurídico da Autarquia, no sentido de encontar uma forma de expulsar o tipo. Alí, pela jurista Sandrina Pereira foi-me dito o que eu temia ouvir: que a Associação Terras da Raia, entidade que implementara o Museu, não tinha legitimidade para expulsar fosse quem fosse, pois só a dona e legítima possuidora do prédio em questão o poderia fazer, ou seja a Câmara Municipal de Idanha-a-Nova. Durante algum tempo, ainda alimentei a esperança de que Álvaro Rocha resolveria o assunto. Em vão. Entretanto, Armindo Jacinto, Vice-Presidente da Autarquia, vereador com o pelouro da Cultura e do Turismo, homem com tacto político, sensível ao sucedido, procurou encontrar uma solução que não ditasse o fim de um projecto que atraía inúmeras atenções para Idanha-a-Nova e apresentou-me Nuno Silva, pessoa que desenvolve projectos de Turismo de Natureza em Penha Garcia. Expliquei-lhe a ideia inicial, passei-lhe contactos, vendi-lhe burros e arreios, e julgo que os passeios de burro são hoje um sucesso nesta última freguesia.
E foi desta forma ignóbil que a nossa freguesia ficou sem mais um projecto que encheu páginas de jornais e ocupou o prime-time de todos os canais de televisão.
E fica aqui esta simples explicação, como homenagem aos burros que não me compreenderam, citando, neste caso, o anónimo que teve a gentileza de falar sobre o assunto.

O Ladoeiro vai ter uma sala de estudo acompanhado

O Departamento de Estudos da nossa candidatura apontou como uma das causas do insucesso escolar de alguns dos nossos jovens estudantes o fraco acompanhamento familiar. Verificam-se, de facto, na nossa freguesia índices de escolaridade bastante reduzidos na população em idade fértil. Isto é, o grau de instrução dos pais da nossa freguesia é cada vez menor face ao dos filhos, o que pode, em alguns casos, conduzir a essa falta de acompanhamento.
Sensível a estes dados, e considerando a educação e a cultura como um dos motores fundamentais do progresso da freguesia, a nossa candidatura vai criar uma sala de estudo-acompahado, inteiramente grátis, para os jovens em idade escolar, desde o primeiro ciclo até ao ensino secundário.
Disciplinas como a Matemática, o Português, as Línguas Estrangeiras, terão um peso maior no horário da Sala de Estudo, embora estejam previstas ainda outras matérias.
Como não podia deixar de ser, esta valência de apoio cultural funcionará em estreita colaboração com a mediateca, até porque o edifício de ambas será o mesmo.

O Ladoeiro vai ter uma mediateca

Sinal dos tempos modernos, o currículo escolar dos nossos jovens estudantes revela-se variado e complexo, convocando o auxílio de um conjunto alargado de ferramentas. Acontece que, face ao fraco rendimento per capita na nossa população, nem todos conseguem fazer face às despesas emergentes das necessidades escolares e de aprendizagem: agora é um computador, depois mais uma impressora; um scaner; um dicionário; um microscópio, etc.
Sensível a esta problemática, a nossa candidatura irá construir, em parceria com um agente cultural da região, uma mediateca especialmente vocacionada para o público em idade escolar, que funcionará em paralelo com um ciber espaço. Neste local existirá, ainda, um mini-auditório, para visionamento de filmes comerciais e documentários, exibições teatrais e concertos musicais.
No fundo, será um espaço privilegiado para a juventude, algo inédito na freguesia, mas absolutamente necessário.
Quanto ao nome a dar a esta mediateca, vamos abrir um concurso de idéias, aberto a todos os jovens da freguesia, pois sabemos como eles gostam de tratar de forma familiar e carinhosa os sítios onde se sentem bem.

segunda-feira, 2 de março de 2009

Poesia Popular

Lavrador cultivo a terra

Lavrador, cultivo a terra,
dela nasce a flor, o grão,
dou a todos o sustento
e ninguém me dá galardão.

Houve alguém que esclamou:
-Quem és tu, lobo da terra?!
-Eu sou eu, e nada sou,
mas, lavrador, cultivo a terra!

Lavrador é lobo da terra,
o pescador é lobo do mar,
ambos labutam na vida
para o Povo sustentar.

Médico, doutor, engenheiro,
cumprem a sua missão,
mas está o professor
que a todos dá instrução.

Todos nós reunidos,
a sociedade nos console,
para ver se conseguimos
livrar o nosso povo da fome.

Manuel Marques Lavado, poeta popular do Ladoeiro

Túmulos Caiados.

Não sei porquê, a expressão "Túmulos Caiados", que comummente se utiliza com respeito a coisas bonitas por fora e feias por dentro, passe a ligeireza, faz-me lembrar os adufes feitos nas oficinas da Câmara Municipal de Idanha-a-Nova.
Com efeito, se por um lado acho errado que a Câmara faça concorrência a mestres artesãos do concelho, donde gosto de destacar o camarada Zé Carralo, é absolutamente repugnante que o faça da forma como o faz, com prejuízo de um objecto tão emblemático, e que querem transformar em símbolo do Município. Pois é, mas este é um Município onde a fachada vale tudo e o seu símbolo não podia fugir à regra.
Então não é que a pele dos adufes da autarquia, ao invés daqueles feitos por mãos calejadas com nobreza, para parafrasear um verso do meu amigo Manuel Lavado, cosidas com guita, ao modo ancestral dos nossos maiores, são unidas com agrafos, que fitinhas coloridas ardilosamente escondem.
Quantas vezes Álvaro Rocha ofereceu destes adufes aos visitantes ilustres, que assim podem dizer como a falta de sensibilidade desta autarquia corrompe não só os nossos costumes, mas um dos nossos maiores cartões de visita.

A pequena criminalidade aumenta no Ladoeiro

Ouço frequentemente relatos sobre pequenos furtos que ocorrem na freguesia. Uns referem umas galinhas, outros uns borregos, outros ainda uns litros de gasóleo.
Paralelamente, têm vindo a público notícias que alertam para um tipo de criminalidade organizada, que visa o roubo de peças de arte do nosso concelho, com maior incidência sobre igrejas e capelas e, lamentavelmente, não são raros os casos de assaltos a idosos. Estes dados podem ser analisados sob diversos pontos de vista. A falta de policiamento pode ser um deles. A nossa candidatura, está neste momento a elaborar um estudo sobre esta realidade, que dentro em breve poderá ser discutido publicamente, pois tencionamos apresentar medidas concretas para combater a criminalidade crescente que se faz sentir não só na freguesia, mas por todo o concelho, em geral.

A pobreza não é ficção no Ladoeiro

No post anterior aludimos, ainda que colateralmente, à questão da ingerência da administração na regulação do mercado. Mais concretamente, defendemos que a administração só deve concorrer com os privados em determinadas áreas se estas se encontram de pouca saúde, chamemos-lhe assim.
É isto que acontece na freguesia de Ladoeiro, onde o mercado da habitação para arrendamento é deficitário, a tal ponto que determinados tugúrios, sem as mínimas condições, são arrendados por mais de cento e vinte e cinco euros mensais! Temo que alguns nem licença de habitabilidade tenham, mas essa é uma matéria que compete às autoridades fiscalizar.
Conheço casos concretos, porque entro nas casas das pessoas. Não temo acompanhar com pobres, de resto, como é evidente para todos os Ladoeirenses. Sei de casos de famílias numerosas que partilham escassos metros quadrados, numa promiscuidade inaceitável. Isto não é ficção, é real. Que futuro espera às crianças que crescem nestes meios? São questões que me importam, que me tiram o sono e que me fazem lutar por um Ladoeiro Melhor.

domingo, 1 de março de 2009

Plano de Habitação Social

Defendo que o Estado não deve interferir no mercado quando este se encontra naturalmente regulado, respondendo inteira e satisfatoriamente às necessidades dos consumidores. Consequentemente, defendo que os órgãos da administração local, designadamente as autarquias, não devem concorrer com os privados no âmbito da sua área de actuação. Isto para abordar a questão do mercado de arrendamento da freguesia, que é manifestamente deficitário e revela uma oferta de cuja qualidade me permito duvidar, sobretudo atendo-me aos preços praticados, que considero, em alguns casos, abusivos.
Ora, o que a minha candidatura se propõe realizar é suprimir a carência de habitação para arrendamento, designadamente com o Plano de Habitação Social, cujos objectivos centrais visam dar melhores condições de habitabilidade às famílias da classe trabalhadora.
São absolutamente inaceitáveis as condições em que algumas famílias vivem e educam os seus filhos, e julgo que estes factores podem condicionar a educação dos jovens. E não haverá progresso nesta freguesia se os jovens não puderem beneficiar de uma educação alargada e de qualidade.
O que este plano tem de bom é que consegue conciliar a procura de habitação por parte de famílias com fracos recursos, com a recuperação do património arquitectónico tradicional, pois é nossa intenção adquirir alguns imóveis integrados no casco da área urbana da freguesia e permitir a sua intervenção sem desfigurar a traça arquitectónica dominante.
Este plano será realizado em oito anos, e vai permitir, numa primeira fase, o alojamento de dez famílias (primeiros quatro anos), e numa segunda fase o alojamento de mais dez famílias.