Defendo que o Estado não deve interferir no mercado quando este se encontra naturalmente regulado, respondendo inteira e satisfatoriamente às necessidades dos consumidores. Consequentemente, defendo que os órgãos da administração local, designadamente as autarquias, não devem concorrer com os privados no âmbito da sua área de actuação. Isto para abordar a questão do mercado de arrendamento da freguesia, que é manifestamente deficitário e revela uma oferta de cuja qualidade me permito duvidar, sobretudo atendo-me aos preços praticados, que considero, em alguns casos, abusivos.
Ora, o que a minha candidatura se propõe realizar é suprimir a carência de habitação para arrendamento, designadamente com o Plano de Habitação Social, cujos objectivos centrais visam dar melhores condições de habitabilidade às famílias da classe trabalhadora.
São absolutamente inaceitáveis as condições em que algumas famílias vivem e educam os seus filhos, e julgo que estes factores podem condicionar a educação dos jovens. E não haverá progresso nesta freguesia se os jovens não puderem beneficiar de uma educação alargada e de qualidade.
O que este plano tem de bom é que consegue conciliar a procura de habitação por parte de famílias com fracos recursos, com a recuperação do património arquitectónico tradicional, pois é nossa intenção adquirir alguns imóveis integrados no casco da área urbana da freguesia e permitir a sua intervenção sem desfigurar a traça arquitectónica dominante.
Este plano será realizado em oito anos, e vai permitir, numa primeira fase, o alojamento de dez famílias (primeiros quatro anos), e numa segunda fase o alojamento de mais dez famílias.