segunda-feira, 1 de junho de 2009
Morão arruma a casa
As transformações políticas e económicas da sociedade moderna parecem ter feito atenuar as substanciais diferenças que historicamente fundaram e deram razão de ser aos partidos políticos. Em Portugal, esse fenómeno é tanto mais evidente quando se atenta no moderno rotativismo bipartidário que alternadamente coloca o Partido Socialista e o Partido Social Democrata no poder, sem que os cidadãos percebam, na vida quotidiana, diferenças verdadeiramente assinaláveis. E se é assim no plano nacional, no plano local essas dissemelhanças parecem absolutamente imperceptíveis. Talvez por isso cause pouca estranheza ver os principais actores políticos locais darem a cara, em diferentes eleições, por diferentes partidos. Este fenómeno é já um dado adquirido pelo eleitorado, para quem, não sem alguma razão, as pessoas contam mais que os partidos. Exemplo flagrante desta maneira de fazer e de estar na política encontra-se nas diferentes listas já apresentadas pelo PS a vários órgãos autárquicos, mormente à Câmara Municipal, cuja equipa, a custo, Álvaro Rocha lá conseguiu constituir, graças ao braço tutelar do presidente da Distrital Socialista, que finalmente pôs a casa em ordem.